CTF, Hacking & eSports

Não é de hoje que o sentimento geral seja de medo e cautela quando falamos de hacking. Fomos ensinados a temer hackers, a categorizá-los apenas como criminosos, infelizmente. Com os anos, esse cenário já mudou muito, ainda bem. A verdade é que hoje os hackers são essenciais para o mercado de Segurança da Informação, deixando os serviços que usamos diariamente mais seguros. É isso mesmo que você leu! Seja ajudando a desenvolver aplicativos seguros ou até testando e melhorando os sistemas que usamos no nosso dia a dia, o hacking firma-se como uma habilidade muito positiva para o importante jogo dos negócios. 

E já que estamos falando de jogo… Considerando que a popularização do hacking e a gigante expansão do mercado de Segurança decolaram um mercado lucrativo e vital para todos os serviços digitais que usamos hoje em dia, não é de se espantar que uma grande novidade esteja atraindo cada vez mais a atenção de jovens, profissionais e grandes empresas. Essa novidade é o chamado campeonato hacker no estilo de CTF. 

De certa forma, o CTF (abreviação do termo inglês Capture The Flag) não é tão novo assim. Para quem tem afinidade com jogos, a explicação fica mais simples: em um ambiente delimitado, a organização espalha bandeiras protegidas por desafios e os competidores precisam superá-los para conquistarem cada vez mais bandeiras, mais pontos e por fim, vencerem o jogo. Tudo começou como uma brincadeira de rua em meados dos anos 60 e com o tempo invadiu também o mundo dos videogames. 

Em 1984 foi quando os nerds computacionais da Apple decidiram criar um jogo de CTF para seus computadores, na época do histórico Commodore. Mais de 10 anos depois, em 96, a famosa conferência americana de hacking DEF CON – a maior do mundo – hospedou seu primeiro grande campeonato de CTF voltado para hackers (também chamados de WarGames), com desafios de programação, criptografia, engenharia reversa e muitas outras habilidades, incluindo exploração de vulnerabilidades. Desde então esse estilo de campeonato cresceu cada vez mais e foi replicado em outras conferências, se tornando um dos principais interesses da área.

Além de ser um jogo, o CTF é também uma escola, uma arena prática e segura para que hackers de qualquer idade e qualquer nível de conhecimento possam aprender coisas novas e testar suas habilidades de uma forma divertida, em um formato competitivo. Os jogadores podem competir sozinhos ou em times, resolvendo os desafios dentro de máquinas virtuais seguras e longe da propriedade valiosa de empresas. O CTF então se firma como uma necessidade no mercado para que os hackers se concentrem em um ambiente saudável e completamente legal, evitando que muitas dessas pessoas acabem cometendo crimes ou se sentindo excluídas de um mercado lucrativo.

Recentemente grandes CTFs têm acontecido até mesmo dentro de empresas de tecnologia, ou são patrocinados por elas, que estão de olho nos talentos dos jogadores. Olheiros, recrutadores e profissionais renomados não são raros de serem encontrados em partidas de CTF, tentando filtrar todo o material técnico para encontrar um diamante bruto e arrematar uma excelente contratação. Gerentes e diretores também têm incentivado seus próprios colaboradores a participarem de CTFs, para poderem atualizar suas habilidades. 

Finalmente chegamos ao dia de hoje. Em 2020, um profissional da área de Segurança da Informação, fã e jogador de CTFs, decide transmitir via plataforma de streaming suas peripécias durante um jogo ao vivo de CTF. Pouco tempo depois ele mesmo começa a organizar o seu próprio Capture The Flag para hackers, adicionando o elemento de uma narração energética e divertida, ensinando o passo a passo dos desafios para os espectadores e comentando cada ação dos jogadores para a platéia em tempo real. 

Foi assim que o Ultimate Hacking Championship – UHC – surgiu. E se tornou uma febre em pouquíssimo tempo. Leigos e profissionais interessados não precisam mais competir de forma ativa e podem simplesmente assistir o CTF, enquanto que a narração faz o trabalho de entreter e ensinar as técnicas ao mesmo tempo! Criando então uma enorme comunidade de espectadores, jogadores e narradores, o CTF ganha uma nova forma apresentada pelo UHC.

Se isso soa familiar para você, talvez já tenha escutado sobre Esports, os esportes eletrônicos. Este mercado bilionário de jogadores de videogames, que competem de forma televisionada e com narradores profissionais, em busca de grandes prêmios em dinheiro, já é uma febre em todo o mundo e é responsável por mover uma fatia gigante da indústria de entretenimento como a conhecemos hoje. 

A expectativa ao redor do UHC é grande. Misturando os benefícios do CTF voltado para hackers e a dinâmica inigualável dos campeonatos de esports, o Ultimate Hacking Championship passa a ser organizado pela empresa Hacking Esports. A empolgante jogada que todos acompanhamos de perto, torcendo da plateia, enquanto assistimos aos vídeos ao vivo dos hackers em ação e nos divertimos com os comentários, é transformar o CTF em uma modalidade oficial, levando educação, oportunidade e entretenimento a todos os envolvidos. 

Um sonho grande, com certeza. Mas quem é que iria imaginar que os nerds um dia dominariam o mundo, não é mesmo?

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