A Final do CTF da Trend Micro, chamada de Raimund Genes Cup, ocorreu entre os dias 23 e 24 de novembro no Japão. Esse evento tem uma qualificatória online e algumas regionais, sendo a das Américas, que aconteceu durante a H2HC 2019, responsável por classificar o ELT, representante brasileiro, para participar in loco em Tóquio juntamente com outros 12 times de diversos países.
As equipes eram compostas por 4 membros, e não era permitido ajuda remota. O ELT foi composto por Fernando “feroso” Dantas, Paulo “thotypous” Matias, Pedro “pedroysb” Barbosa e Luan “herrera” Herrera.
Todo evento, como de praxe, foi transmitido ao vivo pelo YouTube, no canal oficial do CTF. Divulgamos em nossas redes sociais para quem quisesse torcer. A representação gráfica dos ataques é muito interessante, e ver a bandeira do Brasil é sempre fantástico.
A competição era Jeopardy e foi realizada em dois dias, com duração de 6 horas sem intervalo cada. Cada dia era composto por 9 challs (nomeados de J1 a J9 no primeiro dia e J10 a J18 no segundo). Para evitar o problema que ocorreu ano passado, onde de um dia para o outro muitos times voltaram com muitas flags, provavelmente provenientes de pessoas externas que estavam ajudando, cada “set” de desafios só valia para o próprio dia. Ideia sensacional!
Os desafios eram de categorias diversas e bem próximos do “mundo real”. No primeiro dia, a equipe brasileira conseguiu resolver o desafio J4, de Reversing, e no segundo, o J11 de Forensics e o J15 de Container Escape. Abaixo, um pequeno overview de cada um:
- J4: Desafio de Reversing onde era dado um pcap e um binário. O protocolo era CAN e tinha que decifrar os dados que foram transmitidos;
- J11: Desafio de Forensics de Malware de Windows em Powershell. Era dado um memory dump e um pcap e tinha que identificar que o malware estava enviando infos cifradas e embutidas em png;
- J15: Desafio de Container Escape. Docker daemon exposto.
Além deles, por alguns detalhes não foram resolvidos pelo menos mais 4 challs (nas categorias de Web, Pwn e Rev), o que poderia mudar completamente o scoreboard.
A posição final foi melhor do que no ano passado, terminando no Top 8, à frente do LC/BC, grande time russo e atual Top 7 no CTFTime.
A evolução brasileira é constante, é só questão de tempo para estarmos com times BR nas cabeças em Finais in loco. Parabéns à equipe pela performance e por levar o #CTF-BR rumo ao topo!
Outro ponto importante a ser citado é o networking que finais proporcionam. A amizade gerada e a discussão dos desafios com outros Top Teams é muito importante para o crescimento!
Avante BRASIL! 🎉🎉